Fênix
A Fênix é uma ave mítica, que foi muito popular na Idade Antiga e que até hoje aparece na cultura ocidental como símbolo de renovação. De origem egípcia, sua história encantou aos diversos povos da Antiguidade e pouco a pouco o seu mito foi incorporado por diversas culturas da África, Ásia e Europa.
A Fênix era tida então como uma ave muito especial que tinha a capacidade de se deixar queimar pelo fogo para depois ressurgir de suas próprias cinzas. De acordo com o mito a cada 500 anos (ou para alguns 97200 anos) a ave entrava numa espécie de autocombustão para depois renascer para um novo ciclo. Tinha o tamanho equivalente ao de uma águia, possuía plumas de cores amarela e laranja, um bico grande, e potentes garras que davam a ela uma força muito grande. Histórias contam episódios onde a ave chegou a carregar elefantes.
A característica da Fênix de renascer de suas próprias cinzas era uma história que encantava os antigos e que não deixa de fascinar aos contemporâneos de modo que até hoje a ave é um símbolo muito comum, presente em metáforas, estórias e na cultura pop. Assim, a Fênix aparece para simbolizar aquele tipo de pessoa que depois de uma catástrofe, de um momento difícil na vida, uma desilusão, enfim, é capaz de voltar com tudo, com força, a trabalhar, a viver, a participar do que quer que seja, como se tivesse renascido das cinzas.
Desse modo, podemos identificar a Fênix como símbolo de força, fortaleza, sol, ressurreição, capacidade de reinvenção, vida, perseverança, longevidade, fé, coragem, imortalidade, destemor e etc. Para algumas linhas cristãs, por exemplo, especialmente na Antiguidade a Fênix serviu muito bem como símbolo da ressureição de Jesus Cristo.
Dizia-se que quando a ave sentia que estava chegando o final do seu ciclo, ela preparava uma pira funerária onde se deixava consumir pelas chamas. Quando do fogo restavam apenas cinzas surgia uma nova Fênix, que logo tratava de juntar os restos da ave que acabara de ser consumida pelo fogo, colocava tudo em um ovo de mirra, e com ele voava em direção a cidade de Heliópolis no Egito, a cidade do Sol, onde deixava o ovo num altar dedicado ao Sol.
Acreditava-se que as cinzas da Fênix, contidas no ovo de mirra, tinham o poder de ressuscitar um defunto. Enquanto que suas lágrimas eram capazes de curar qualquer doença ou cicatrizar qualquer ferida. Conta-se que no século III o imperador romano Heliogábalo, fascinado com as histórias a respeito da ave, decidiu comer a carne de uma Fênix afim de adquirir a imortalidade. Assim providenciou pra que trouxessem-lhe uma Fênix. Enviaram-lhe uma ave-do-paraíso, que ele comeu acreditando ser uma Fênix. O imperador foi assassinado pouco tempo depois.
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